Head of Strategy na Wieden+Kennedy Shanghai.
Recentemente, o adorável pessoal da Miami Ad School me mandou um email dizendo que por ser o 10˚ aniversário do seu Bootcamp de Planejamento, eles gostariam que planners do mundo todo dessem sua perspectiva sobre 2 perguntas:
Honestamente, eu não gosto desse tipo de pergunta – principalmente por me sentir tentado, conscientemente ou não, a fazer com que a disciplina do planejamento parecer alheia e exclusiva, quando na verdade somos apenas bem sucedidos quando ajudamos os outros a ter sucesso.
Isso não quer dizer que planejadores não são criativos... nem quer dizer que apenas somos bons em fazer as malditas apresentações... no entanto, raramente conseguimos ver o potencial das nossas ideias se não envolvermos os demais ao longo da nossa jornada e os deixarmos leva-las a lugares muito melhores do que havíamos imaginado.
Eu já disse isso antes, mas ainda vejo muitos planejadores pensarem que nosso trabalho é baseado em vitórias intelectuais, ao invés de sermos emocionalmente ressonantes e criativamente inspiradores. Assim, a última coisa que quero fazer é propagar essa besteira de ‘rockstar’ que alguns ainda consideram aspiracional.
Respondi, então, as perguntas da seguinte forma:
Ele saiu da sombra e se tornou destaque.
É uma ótima notícia, mas precisamos ter cuidado, pois o planejamento nunca deve ser a estrela. Ele deve sempre ser o palco para que coisas incríveis aconteçam em cima. (Eu sei, a analogia foi péssima. Peço desculpas.)
Eu gostaria de saber. Poderia inventar algo, mas o fato é que não existe um destino pré determinado... para onde ele vai, depende da gente. Portanto, não vamos estragá-lo.
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Eu não sei o que responderam os outros planejadores que receberam as perguntas – e fico muito interessado em saber. Espero que eles não estejam incentivando os planejadores a acreditarem que são os ‘cérebros da propaganda’, pois, como dizia meu pai... se você diz que é inteligente, então não é tanto assim.
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