Esta é a última edição da série [inspiração hacker], parceria entre o Unplanned e o Hack Town (www.hacktown.com.br). Neste último post, de número 22, teremos a participação de Paulo Melo, Ligia Mazurkiewicz e Ruben Feffer.
Para conferir os posts anteriores, é só clicar nos links abaixo:
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Post 01 > Manuela Colombo / Luciano Freitas / Fabrício Teixeira
Post 02 > Janaína Borges / Marc Shillum / Ernesto Abud
Post 03 > Dilson Laguna / Lourenço Bustani / Cindy Gallop
Post 04 > Silvia Curiati / Paula Dias / Facundo Guerra
Post 05 > Antonio Marcos Alberti / Julio Mossil / Daniela Brayner
Post 06 > Matthias Hollwich / Alex Bretas / Fabiana Soares
Post 07 > Scott Shigeoka / Hilaine Yaccoub / Pedro Gravena
Post 08 > Gabriela Agustini / Michael Conrad / Luiz Filipe Carvalho
Post 09 > Frederic Fontaine / Kaio Freitas / Daniela Klaiman
Post 10 > Simone Cota Silva / Paulo Tadeu Arantes / Franklin Costa
Post 11 > Dr. Bob Deutsch
Post 12 > Diogo Rodriguez / Mayra Fonseca / Mark Masters
Post 13 > Igor Oliveira / Gareth Kay / Thaysa Azevedo
Post 14 > Armando Aguinaga / Rebeca Prado / Paulo Emediato
Post 15 > Guilherme Guedes / Chance Glasco / Lina Lopes
Post 16 > Evilásio Miranda / Marco Giroto / Juliana Barsi
Post 17 > Victor Fernandes / Fatima Pissarra / José Celso Guida
Post 18 > Diego Parra / Flávia Lemos / Rômulo Justa
Post 19 > Kelly Krause / Altair Assumpção / Zé Helder
Post 20 > Eric Lieb / Ana Cortat / Mikko Järvilehto
Post 21 > Rob Campbell / Felipe Marlon / Daniel Quiteque
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Minha própria carreira profissional. Tenho graduação em psicologia, mestrado em psicologia cognitiva e doutorado em design. Meu projeto pessoal começou em 2004 quando descobri, através do meu irmão, ser possível trabalhar com psicologia e tecnologia. Desde então, eu tenho ciclos. Já trabalhei com Usabilidade, Design de interação, Desenvolvimento de negócios inovação e hoje acredito que trabalho com um pouco de tudo isso.
Caminhar pelo óbvio é o mais seguro, fácil e certeiro. Navegar por caminhos poucas vezes trilhados causa angústia, preocupação e medo, no entanto dá estórias para contar. O maior aprendizado que eu tive até aqui foi que eu devo me questionar sempre sobre qual deveria ser o próximo passo. Há um tempo eu trabalhei numa empresa cujo mantra era "nunca estamos satisfeitos". Estar sempre insatisfeito também me parece ser uma boa ideia para quem quer estar permanentemente buscando algo legal para se ocupar. O chato é muito mais fácil de encontrar. Mora ali do lado.
Já atendi em consultório de psicologia clínica, trabalhei em uma clínica para dependentes químicos e já me reuni com um vice-presidente de um dos maiores bancos do Brasil para discutirmos um projeto de inovação. Aparentemente não tem nada a ver. Para mim, tem tudo a ver. No final, o que une tudo e torna esta trajetória bem desafiante é uma coisa só: o ser humano. É impossível entendê-lo. É improvável antecipá-lo. É interessantíssimo tentar torná-lo mais bem capacitado através de ferramentas tecnológicas. É nisso que tenho trabalhado há 12 anos. 4 - Especialista em UX no SIDIA (Centro de P&D da Samsung em Manaus) tentando fazer coisas legais em realidade virtual e wearables.
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Esse projeto com certeza é o Blox (www.youtube.com/watch?v=AGMudSiFS9I), um novo sistema acadêmico desenvolvido pela FAPPES – Faculdade Paulista de Pesquisa e Ensino Superior, uma Escola de Negócios super inovadora, que está hackeando o sistema de ensino superior no Brasil e onde tive o prazer de participar do seleto grupo de desenvolvimento, liderado por Leandro Berchielli, desde 2014.
Já está claro que temos um sistema educacional que cria criaturas, alunos preparados apenas para serem mais uma engrenagem de um sistema já posto (baseados nos preceitos da Revolução Industrial). Sistema esse que não precisa de criadores que mudem a situação, apenas de criaturas que mantenham a engrenagem girando. Ensinando os líderes do futuro com o conteúdo do passado, esperando que possam nos trazer mais inovação. O contrassenso nesse sistema é enorme!
O Blox é uma resposta a isso tudo pois trata-se de um sistema que delega autonomia para o aluno montar sua própria grade, escolhendo o quê, quando e como vai estruturar seu currículo acadêmico, de maneira totalmente flexível, que se adapta ao momento de vida do aluno e permite correções de rota de acordo com suas necessidades profissionais. Um modelo onde o aluno possui liberdade para escolher o que vai estudar, o que ele deseja se tornar e quais competências deseja desenvolver.
O Blox visa trazer os projetos individuais dos alunos para dentro da sala de aula, incentivando o empreendedorismo e apresentando conteúdos extremamente relevantes e atualizados, que potencializam o verdadeiro administrador do século XXI, que será o líder dos próximos anos, pensando em construir o futuro já na sala de aula. Ao longo dos 4 anos do curso, o aluno trilhará sua própria jornada através das áreas de conhecimento estabelecidas pelo MEC que são: Básico, Técnico, Quantitativo e Complementar. Há dezenas de opções diferentes de disciplinas (que nesse modelo são chamadas de “blox”) em cada uma delas. O aluno possui autonomia para traçar seu próprio caminho. E toda essa complexidade só pode acontecer porque o sistema foi desenhado com base em plataforma tecnológicas escaláveis.
O que ficou claro para mim foi que grandes inovações nascem de pequenos grupos, com dores legítimas e Liberdade para criar. Inovação não vai nascer de organizações burocráticas, e para saber se a sua organização é burocrática, responda se sua equipe investe mais de 30% de seu tempo semanal com reuniões, relatórios e alinhamento com lideranças e outra áreas. Se sim, seu time será incapaz de criar a sua próxima grande inovação, que pode ser também, como no caso do Blox, a próxima grande inovação para toda uma indústria.
Acabo de assumir a missão de trazer a operação de Digital da AAXIS para a América Latina. A AAXIS é uma startup de soluções Digitais de Los Angeles, com um forte DNA de Dados e Performance, de uma forma que não tinha visto ainda no mercado LATAM. Liderei por mais de mais de uma década diversas divisões de marketing na IBM. Sou também professora de Negócios, Tecnologia e Marketing Digital na FAPPES, Viajante Global nas Horas Vagas, sou mestre pela PUC –SP. Meu maior objetivo sempre foi fazer pontes entre teorias e práticas, com o objetivo de traduzir algumas tendências futuras com mais assertividade. Já vivi na Índia e em NY liderando projetos globais.
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Sou feliz por poder dizer que já participei de vários projetos que considero transformadores. Em 2010 o longa Quebrando o Tabu, em 2013 o longa de animação O Menino e O Mundo (que foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016), e agora estou participando da produção de um dos primeiros longas-metragens totalmente focado na figura de um YouTuber, não só do Brasil, mas do Mundo. É o filme Eu Fico Loko, baseado no livro homônimo do vlogueiro Christian Figueiredo, certamente um dos mais influentes do Brasil. Cada um desses projetos é transformador de formas diferentes, com impactos diferentes, mas todos têm o seu impacto, isso não pode ser negado.
Acho que existem alguns aprendizados aqui. Por exemplo, de que as fronteiras do que pode ou não ser dito (no caso do tabu) numa mídia tradicional como o Cinema, ou as fronteiras entre o que é um filme conceito/de arte/independente e como isso pode explodir em mais de 100 países. O Menino e o Mundo, por exemplo, antes mesmo da indicação ao Oscar, sem ser falado em nenhum idioma compreensível, com técnicas completamente alternativas, e baseado numa figura de um menino sem boca ou sobrancelhas, foi distribuído no mundo todo. Na França, chegou ao 3º lugar no ranking TOTAL de filmes - não só de animação ou de arte.
Fronteiras como o que é para criança, ou não. Os desafios de como contar uma história toda através da música e do som. Tudo isso foi parte do processo todo do Menino e o Mundo. E agora, com o filme do Christian, estamos começando a ‘hackear’ a fronteira entre a mídia tradicional e as novas mídias, levando um personagem da telinha do Youtube, para as telonas de cinema do país. Diferentemente de filmes semelhantes como o da Kéfera (É Fada) ou o Filme de Internet, do Rafinha Bastos, que vai estrear ano que vem, este filme é realmente centrado na figura do youtuber. Assim, a relação de identificação com o espectador ocorre num nível muito mais pessoal.
Comecei nos anos 80 e 90 tocando em bandas, como o Luni, depois migrei para trilhas para teatro, e para criação de música exclusiva para grandes eventos corporativos, como convenções da Ambev e do Bradesco. Lá por 2002, comecei com os primeiros trabalhos para cinema, para curtas metragens e documentários. Em 2004, trabalhei na primeira trilha para um longa de animação, O Garoto Cósmico, de Ale Abreu (o mesmo do Menino e o Mundo). De lá até hoje já foram mais de 15 longas e diversos curtas metragens, inclusive o premiadíssimo curta de animação Guida, de Rosana Urbes. Em paralelo ao cinema, minha produtora de som, a Ultrassom Music Ideas, tem sido pioneira e se especializado na produção de música original, voz original (não dublagem) e finalização de áudio para projetos de séries de TV, especialmente de animação, e também live-action. Hoje, já produzimos música e som para mais de 5 séries nacionais de animação, e estamos em produção com mais de 10 outras, fora inúmeros pilotos de novos projetos que ainda irão despontar.
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