[inspiração hacker] > post 20

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Unplanned

Continuando a série [inspiração hacker], parceria Unplanned e Hack Town (www.hacktown.com.br), teremos hoje a participação de Eric Lieb, Ana Cortat e Mikko Järvilehto.

Para conferir os posts anteriores, é só clicar nos links abaixo:

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Post 01 > Manuela Colombo / Luciano Freitas / Fabrício Teixeira
Post 02 > Janaína Borges / Marc Shillum / Ernesto Abud
Post 03 > Dilson Laguna / Lourenço Bustani / Cindy Gallop
Post 04 > Silvia Curiati / Paula Dias / Facundo Guerra
Post 05 > Antonio Marcos Alberti / Julio Mossil / Daniela Brayner
Post 06 > Matthias Hollwich / Alex Bretas / Fabiana Soares
Post 07 > Scott Shigeoka / Hilaine Yaccoub / Pedro Gravena
Post 08 > Gabriela Agustini / Michael Conrad / Luiz Filipe Carvalho
Post 09 > Frederic Fontaine / Kaio Freitas / Daniela Klaiman
Post 10 > Simone Cota Silva / Paulo Tadeu Arantes / Franklin Costa
Post 11 > Dr. Bob Deutsch
Post 12 > Diogo Rodriguez / Mayra Fonseca / Mark Masters
Post 13 > Igor Oliveira / Gareth Kay / Thaysa Azevedo
Post 14 > Armando Aguinaga / Rebeca Prado / Paulo Emediato
Post 15 > Guilherme Guedes / Chance Glasco / Lina Lopes
Post 16 > Evilásio Miranda / Marco Giroto / Juliana Barsi
Post 17 > Victor Fernandes / Fatima Pissarra / José Celso Guida
Post 18 > Diego Parra / Flávia Lemos / Rômulo Justa
Post 19 > Kelly Krause / Altair Assumpção / Zé Helder

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1 - Eric Lieb

PROJETO

Estou atualmente atuando em um projeto de transformação disruptiva, na área de serviços de TI, chamado NetSupport (doutoresemtecnologia.com). Iniciada em Outubro 2015, a Netsupport tem como missão liberar o tempo das pequenas e medias empresas, cuidando de suas necessidades e problemas de TI. Nossa plataforma usa um modelo de comunidade para a prestação do serviço, de economia colaborativa nos moldes do Uber, quebrando o modelo tradicional de estrutura organizacional e de gestão.

 

APRENDIZADO

A dinâmica de trabalho em uma startup te ajuda a aprender e desenvolver soft-skills (relacionamento, trabalho em equipe) e hard-skills (técnicos). Apesar de ter mais de 20 anos desenvolvendo software e outros 20 como executivo de empresas estrangeiras, percebo que a cada dia temos que aprender algo novo. Se você não tem um mentor, procure um urgentemente. Livros são ótimos mentores também. Então leia pelo menos um por mês.

QUEM É?

Sou engenheiro eletrônico, empreendedor desde os 16 anos, mentor, investidor-anjo, consultor e evangelista de tecnologia. Apaixonado por Internet e tecnologia da informação, atuei desde o início da internet no Brasil como executivo em empresas de TI e Telecom e como consultor. Trouxe mais de 7 empresas estrangeiras para o Brasil. Sou co-autor de livro sobre Atendimento nas Mídias Sociais. Atualmente sou co-founder da NetSupport.

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Ana Cortat

 

PROJETO

Está rolando agora. Há alguns meses acordei pela primeira vez depois de 30 anos sem querer estar no controle e querendo hackear minha própria vida. Acredite, isso é bem groundbreaking. Sou um sistema bem complexo. Mas não larguei meu projeto de hackear a comunicação. O mundo precisa muito da comunicação para transformar as coisas. Tenho feito isso há um tempo usando meus artigos. O mais difícil deles foi o primeiro, quando falei sobre trazer intencionalidade para o que fazemos e pensar nas pegadas que deixamos no mundo. Todas as indústrias estão discutindo suas pegadas, temos que fazer o mesmo.  Sempre soubemos que o resíduo que a comunicação gera nem sempre é positivo, mesmo quando queremos o oposto disso, por que não pensar em como evitar que isso aconteça? Estamos no meio de um processo irreversível de transformação de paradigmas. Temos que mergulhar, não surfar. Seguindo nessa direção resolvi hackear o sistema que usamos para entender as pessoas, seus contextos e gerar ideias. Fazemos isso praticamente do mesmo jeito há tempo demais. Eu e a Dani Meres estamos criando a Hybrid. Conto mais depois.

APRENDIZADO

Somos capazes de criar ilusões poderosas e uma delas é a sensação de que todo dia fazemos algo diferente mesmo quando nossos dias são todos iguais. Queremos ser livres, explorar possibilidades, transformar a realidade mas negociamos nosso direito ao risco, ao fracasso e a autenticidade ao primeiro sinal de conforto. Uma hora ou outra, todos fazemos isso em algum momento do caminho. Tudo bem. Mas, quando acontecer com você, não perca a consciência. Você precisa dela para achar o caminho de volta.

QUEM É?

Eu sou Ana Cortat. Nasci em uma família sem muitos recursos em uma cidade pequena cidade no interior de Minas. Nunca me senti pertencendo a lugar nenhum. Morei em 5 cidades diferentes até os 13 anos. Estudei em escola pública e trabalhei para ajudar a pagar minha faculdade. Participei de todas as campanhas eleitorais brasileiras de 1988 a 2007, duas presidenciais. Vivo em São Paulo há 20 anos, nunca fiquei tanto tempo em lugar nenhum. Desde que cheguei aqui fui Vice-presidente de Planejamento da Leo Burnett, da Isobar e da Africa. Liderei projetos dos quais me orgulho muito como Revisão de Conceitos (Leo Burnett e Fiat, 2000), #issomudaomundo (Africa e Itau, 2012) e Verdaderos Amigos (Coca Cola e Pereira & O'Dell São Francisco, 2015). Trabalhei com pessoas que me ensinaram tudo o que eu sei e acreditaram que eu era a pessoa certa mesmo quando eu tinha certeza de ser a pessoa errada. Estudo Creative Leadearchip na Berlin School desde o mês passado. Sou apaixonada pelo que eu escolhi fazer e já ganhei muitos prêmios, o suficiente para descobrir que a melhor parte deles é comemorar com os amigos.

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3 - Mikko Järvilehto

 

PROJETO

Foi o Ultrahack (ultrahack.org), que tem tudo para crescer e se transformar em um fenômeno global. Clocando de forma simples - todo mundo ama o que uma marca representa – que você faz as coisas com uma atitude hacker. Não estamos apenas fazendo hackathons durante um final de semana. Nós fazemos ultramarathonfashion, o que significa que são projetos reais com timelines racionais, que você pode fazer parte, em que não brincamos apenas com cool demos nem ficamos só trocando ideia com um monte de programadores que querem resolvemos um problema desafiador. Nós trabalhamos com projetos maduros que podem gerar empresas realmente disruptivas e ter grandes consequências no mundo real. Pelo menos na Finlândia, o Ultrahack se provou uma causa maior em porque as corporações estão tão interessadas nos hackathons e trabalhando em startups de todos os tipos. Queremos, inclusive, expandir para além da Europa. Este ano estabelecemos o Ultrahack na China e temos expectativas de entrar na América do Sul em breve. 

 

APRENDIZADO

Eu diria, sonhe grande, mantenha o alto nível de ambição, esteja pronto para mudar sua equipe, sua direção ou localização, ou sua base de consumidores, com base na velocidade que cada um pode te ajudar a crescer. Em outras palavras, seja ágil e hackeie sua vida. Alguns conselhos práticos: saiba que sozinho você não consegue nada, selecione os integrantes do seu time que se provaram talentosos não apenas por você mas também por alguém mais. Pensei sobre como todo elemento-chave no seu projeto é um ativo que pode ser alavancado, para que tudo possa crescer para além do estágio inicial.

QUEM É?

Formei pela University of Oulu, fiz mestrado em Educação, trabalhei em projetos de inovação para o turismo e saúde. Em seguida, em 2005, criei uma incubadora de negócios, desenvolvi a primeira plataforma de inovação aberta e, em 2006, criei minha primeira startup. Em seguida, me matriculei para me tornar Ph.D em Engenharia de Software e comecei a trabalhar na academia em pesquisas ligadas à inovação aberta. Publiquei cerca de 20 artigos em gestão da inovação aberta e crowdsourcing. Cofundei a Innopinion, empresa de crowdsourcing em software, em 2012. Depois de mais de 40 torneios de inovação em vários países, estabeleci a Futuretournaments, empresa de torneios de inovação. Em 2015, criamos a Ultrahack e, em 2016, recebemos o primeiro round de investimentos.

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