[inspiração hacker] > post 09

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Unplanned

No post de hoje, teremos a participação de Frederic Fontaine, Kaio Freitas e Daniela Klaiman no [inspiração hacker]. É o nono da série, fruto da parceria do Unplanned com um dos eventos mais inovadores do país, o Hack Town (www.hacktown.com.br).

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Para conferir os posts anteriores, é só clicar nos links abaixo:

Post 01 > Manuela Colombo / Luciano Freitas / Fabrício Teixeira
Post 02 > Janaína Borges / Marc Shillum / Ernesto Abud
Post 03 > Dilson Laguna / Lourenço Bustani / Cindy Gallop
Post 04 > Silvia Curiati / Paula Dias / Facundo Guerra
Post 05 > Antonio Marcos Alberti / Julio Mossil / Daniela Brayner
Post 06 > Matthias Hollwich / Alex Bretas / Fabiana Soares
Post 07 > Scott Shigeoka / Hilaine Yaccoub / Pedro Gravena
Post 08 > Gabriela Agustini / Michael Conrad / Luiz Filipe Carvalho

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Vamos lá...

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1 - Frederic Fontaine

PROJETO

O projeto mais inovador que participei foi conceber, construir e lançar uma marca totalmente nova, a JO&JOE (www.joandjoe.com), para o público de mindset Millenial, dentro do grupo AccorHotels’, durante 9 meses, de uma forma muito colaborativa, multidisciplinar e focada na experiência do usuário.

 

APRENDIZADO

Tenha uma ideia e deseje guia-la dentro da organização. Favoreça trocar e contatos. Esteja muito aberto a todas as formas de input, habilidades e opiniões para enriquecer e evoluir seu projeto. Lidere mas delegue. Não tenha medo de explorar novos territórios. Mire alto e, eventualmente, reduza.

QUEM É?

Uma carreira essencialmente no setor de turismo com um pé no de eventos. Comecei na AccorHotels em 2003 como head de vendas, marketing e distribuição na AccorHotels. Depois, em 2009, fui para o time de marketing global no escritório matriz em Paris. Lá, gerenciei o marketing global para os hotéis Mercure e MGallery, e então fui para o segmento econômico (Ibis, Ibis Styles e ibis Budget). Desde janeiro de 2016, encabeço o Global Marketing Innovation Lab.

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Kaio Freitas

 

PROJETO

Por indicação de um casal de amigos conheci a XEALOTS, uma organização global sem fins lucrativo que ajuda artistas, criativos e ativistas a descobrirem seus destinos e os equipa para vivê-los de forma integral. E foi através de um programa da XEALOTS que participei em Los Angeles que conheci uma ONG chamada 27Million, uma rede internacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas que atua principalmente no México. E como parte do meu processo de auto descobrimento do que seria “o meu destino” tive a oportunidade de ir ao México e conhecer a operação dessa ONG por lá.

Além de todo trabalho institucional, a 27Million também mantém uma casa que acolhe meninas, menores de idade, que são resgatadas de situações de tráfico de pessoas, principalmente para fins de exploração sexual. Foi difícil ouvir histórias de meninas com 8/9 anos que além de terem sido sequestradas, ainda eram forçadas a ter relações sexuais diversas vezes por noite, literalmente como escravas. Naquela hora a única coisa que consegui fazer foi chorar e dizer a uma delas: “Me desculpe por não ter conseguido te ajudar, mas eu prometo que vou fazer tudo o que puder para que outras meninas não passem pelo que você passou”. Foi um divisor de águas na minha vida. Comecei a pensar em tudo que sabia fazer, todos os dons e habilidades que me foram concedidos e percebi o quanto disso tudo era “desperdiçado” criando campanhas para vendermos sapatos e perfumes que as pessoas não precisam comprar.

Quando voltei ao Brasil descobri que, assim como eu, muitos outros amigos criativos sentiam a mesma falta de propósito no que faziam. Foi aí que comecei, em parceria com um amigo super talentoso, um projeto chamado Solidum, The Cause Collective (www.solidum.cc), que é um coletivo de criativos para fazer o bem, para criar produtos e serviços que realmente impacte a vida das pessoas que mais precisam.

Nosso primeiro projeto não poderia ser outro: uma plataforma para engajar pessoas na luta contra o tráfico de pessoas, o 27million.com. Estamos tentando encontrar nosso espaço, descobrir o que somos e o que seremos e estamos super abertos a todos que queiram se juntar.

 

APRENDIZADO

O título da minha keynote no Hack Town foi “Porque a inovação não vai nos salvar”, e você pode pensar: como um cara de tecnologia pode acreditar que a inovação não vai nos salvar? Na verdade, eu acredito que a inovação não vai e não deveria nos salvar porque no fim das contas, quem precisa ser salvo não somos nós. São as meninas de 10 anos sendo sequestradas pelo mundo para serem exploradas sexualmente. São os garotos vivendo em extrema pobreza no nordeste brasileiro. São as crianças morando por anos em orfanatos a espera de uma família.

 São eles que precisam ser salvos, não nós. Tudo que você sabe fazer, todas as suas paixões, habilidades e talentos são ferramentas que lhe foram dadas para algo muito maior do que você imagina. Por favor, não deixe que a rotina, a busca por status ou por dinheiro te impeça de ver o tamanho do impacto que você e só você pode causar no mundo.

 “Nosso maior medo não deve ser o fracasso, mas ser bem-sucedidos em algo que não importa.” – Francis Chan

QUEM É?

Formado em Publicidade e Propaganda, fundei antes mesmo de concluir a faculdade minha primeira agência no interior do Rio. Me mudei para São Paulo, onde trabalhei como Diretor de Criação por um tempo. Após minha experiência na California e México, além de tocar o Solidum, hoje invisto meu tempo como facilitador dos cursos e workshops da Sempre Quis (www.semprequis.org) e como co-idealizador do Rio Sul Valley, o ecossistema de inovação do Sul Fluminense (www.riosulvalley.com.br).

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3 - Daniela Klaiman

 

PROJETO

É a startup da qual sou co-fundadora, chama-se WinWin. A WinWin foi fundada em Israel, junto com duas sócias, Mariana Fonseca e Catarina Papa, enquanto estávamos participando de um programa de tecnologia, inovação e futurismo na Universidade Hebraica de Jerusalém, o maior centro de empreendedores de Israel, a ‘Startup Nation’. Em tempos onde as marcas sofrem para se conectar e manter a fidelidade dos seus consumidores através das mídias tradicionais, a WinWIn é a plataforma de mídia do futuro, abrindo um novo layer de comunicação em outro nível da vida dos consumidores, na realidade aumentada. Uma espécie de Pokemon Go, mas ao invés de capturar Pokemons repetitivos, os consumidores caçam promoções, descontos, e vivem experiências de marcas que são possíveis apenas nesse layer tecnológico.

 

APRENDIZADO

Tudo vai ser mais complicado do que você imagina, mas é possível fazer. Tem que insistir, precisa acreditar muito na ideia e também cair de cabeça, realmente se entregar e dedicar tempo a isso. Fazer pela metade não funciona nesse mundo de startups.

QUEM É?

Eu visto diversos chapéus no meu dia-a-dia: 

 - Chapéu de educadora - sou criadora e professora do curso ‘Future Behaviour & Trends Research na ESPM’ há 6 anos. 

- Chapéu de empreendedora - sou co-fundadora da Win Win e também da Unlock the Future, uma holding de empresas com mentalidade forever beta que quer unlock mindsets antigos e desenvolver startups disruptivas para construir um futuro novo e emocionante. 

 - Chapéu de consultora - sou um consultora freelancer para projetos de comportamento do consumidor, planejamento e pesquisa de tendências. Fui Diretora de Consumer Insights e Estratégia da Box1824 por 5 anos fazendo exatamente isso para grandes clientes como Nike, Itaú, Fiat, Unilever, Ambev, Grendene, etc. 

- Chapéu de agitadora cultural - sou organizadora e curadora do TEDxMauá há 5 anos.

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