No início da semana, iniciamos uma nova série aqui no Unplanned em parceria com o Hack Town (www.hacktown.com.br). É o [inspiração hacker], que ao longo de alguns meses vai mostrar exemplos e aprendizados reais que geraram alguma transformação em um segmento de mercado, em uma disciplina, na vida de quem liderou o projeto, ou até mesmo no mundo todo. Tudo isso, independente da área de atuação.
O primeiro post da série contou com a participação da Manuela Colombo, do Luciano Freitas, do Fabrício Teixeira. Você pode conferir neste link. E no segundo post, teremos a Janaína Borges, o Marc Shillum e o Ernesto Abud. Vamos lá...
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Eu abri o escritório da Contagious (www.contagious.com), consultoria de inovação inglesa, no Brasil há dois anos e meio. Fiquei sozinha na operação por um ano e foi um processo muito desafiador. Antes disso, eu nunca tinha tido uma experiência tão solitária e tão empreendedora. Foi bem difícil trabalhar totalmente sozinha, sem ter ninguém para compartilhar uma ideia, celebrar um projeto novo, fazer planos. Além disso, tive que assumir responsabilidades com as quais não tinha experiência nenhuma como financeiro, comercial, RH, etc. Sempre trabalhei em estruturas mais robustas, com áreas, departamentos, divisões. Dessa burocracia eu nunca tive saudade, mas faz muita falta não trabalhar com um monte de gente legal.
Sempre há perdas e ganhos e é importante nunca se esquecer das suas prioridades e escolhas, e refazê-las caso seja necessário. Eu ganhei liberdade, flexibilidade, interface diária com pessoas do mundo inteiro, aprendi muitas novas habilidades, encontrei talentos meus que desconhecia e me sinto hoje uma profissional muito mais completa. Mas me perdi muito nos primeiros meses numa vida sem rotina. Sinto muita falta de estar num ambiente cheio de novos amigos, passo por momentos de muita ansiedade porque sei que algumas bombas terão que ser bancadas por mim e mais ninguém. Mas eu me lembro do que queria quando comecei tudo isso e do que ainda quero hoje pra minha vida. E a conta fecha. Devemos sempre lutar pelo nossa felicidade e hackear o mundo todo para que encontremos nosso caminho. Mas não há uma solução só de prós. Os reveses nos ajudam muito a crescer e reponderar nossas ambições. São irremediáveis mas também bem-vindos. É deles que nascem nossas certezas a cada momento.
Larguei a faculdade de publicidade na ECA-USP para estudar administração na FGV mas, ironicamente, sempre trabalhei com comunicação. Comecei minha carreira na consultoria de branding FutureBrand, depois trabalhei 3 anos na área de creative excellence na Coca-Cola até voltar para SP para ser Diretora de Planejamento da agência Casa JWT. Há quase 3 anos lidero a operação da Contagious no Brasil.
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Foi a Matternet (www.bbc.com/news/world-africa-35810153). A empresa cresceu na Singularity University, na costa oeste dos Estados Unidos. Andreas Raptopoulos, o co-fundador e CEO teve a ideia de usar pequenos quadricópteros autônomos para transportar medicamentos e amostras de diagnósticos a lugares onde não havia acesso via estradas. Entrei para o time em 2013, assim que a empresa se mudou para o Vale do Silício. Assumi o cargo de Chief Experience Officer, já que a convergência entre máquinas autônomas e pessoas curiosas é algo que precisava ser trabalhado.
Pense em problemas massivos. Mais de um bilhão de pessoas vivem fora do alcance de transportes tradicionais, e outros 6/7 da população do mundo vive em cidades densas e superpopulosas onde o transporte tradicional acaba sendo lento e ineficiente. Portanto, ajudar a transformar a realidade de um bilhão de pessoas é algo que vale a pena. Algo que merece dedicação de tempo e recursos para ser resolvido.
Minha carreira passa por quatro fazes distintas. O Design de Sistemas, onde trabalhei em jornais e projetos editoriais para criar designs estruturais que pudessem abrigar as expressões das pessoas, as ideias e informações. O Design de Narrativas, onde trabalhei em agências de publicidade para expressar o valor emocional de um produto e contar a história de uma interface. O Design de Produtos, onde trabalhei em empresas de software e hardware para criar objetos e interfaces convidativas e que recompensam a interação. E por último, o Design de Padrões, que trata de como os sistemas, histórias e produtos interagem de uma forma consistente e coerente ao longo do tempo. Atualmente, dirijo meu próprio negócio, a consultoria Chief Creative Office.
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FuckUpNomics: a Economia do Fracasso - crua, poderosa e despretensiosa (www.facebook.com/FuckUpnomics-988510284527117/?fref=ts). É um “movimento" para quebrar o tabu do fracasso. Ao invés de focar no positive e nas histórias de sucesso, foca no lado geralmente os grandes erros não discutidos em público. Amanhã, sexta, temos uma FuckUpNight, evento para você acordar seu lado fracassado e despertar o seu potencial criativo (www.facebook.com/facilitacaodeaprendizagem/?fref=nf&pnref=story&__mref=message_bubble).
O fracasso é uma voltagem elétrica. Ele dói, ao mesmo tempo que mexe o seu potencial criativo.
O eco do fracasso.
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